Fiz parte da equipe de gerenciamento desse empreendimento, desempenhando as seguintes atividades: elaboração, modificações e compatibilizações em projetos, contratação de funcionários e empreiteiros, elaboração e gestão de contratos, elaboração e gerenciamento de orçamentos e cronogramas, direcionamento e supervisão de equipes, supervisão da qualidade da edificação, medição de serviços, elaboração de folha de pagamento, check list, as built de projetos, elaboração do manual da edificação, relacionamento com clientes, etc.
O reboco é uma argamassa de cimento e areia, aplicada sobre as paredes de tijolo cerâmico ou blocos de concreto, que tem a finalidade de criar uma superfície lisa para receber acabamentos como tintas, texturas, papéis de parede; confere acústica e propriedades térmicas proporcionando conforto ambiental (ambiente com temperatura mais amena que o meio externo).
A espessura do reboco varia de acordo com o alinhamento e prumo das paredes, quanto mais desalinhadas ou desaprumadas, mais espessa é a camada de reboco. Quando essa espessura é elevada, na casa de 4, 5 cm ou mais, primeiro executa-se o desengrosso da alvenaria, e posteriormente o reboco, dando o acabamento.
Antes de aplicar o reboco nas paredes, essas devem ter sido chapiscadas. E, a partir de linhas, as taliscas devem ter sido colocadas para servir de referência para o pedreiro. No caso de reboco externo, estica-se um arame do primeiro ao último pavimento, criando uma referência vertical, mostrando até onde irá a camada de reboco.
A partir das taliscas, executa-se as mestras que vão definir a espessura do reboco e guiar o sarrafeamento da parede. Com o auxílio da colher e desempenadeira, aplica-se a argamassa na parede, seguindo a espessura das mestras. É necessário que a massa aplicada perca um pouco de água para que seja sarrafeada, o tempo de descanso gira em torno de 45 a 60 minutos.
Após a massa descansar, inicia-se o sarrafeamento com a régua de alumínio de 2,0 m, de cima para baixo seguindo as mestras e cruzando a régua entre as mestras para que o pano de reboco fique no prumo e bem-acabado.
Com a desempenadeira de pedreiro inicia-se o desempeno e acabamento da massa em movimentos circulares retirando os excessos que a régua de alumínio não conseguiu retirar. Com a trincha joga-se um pouco de água nos pontos aonde a massa já está mais dura e difícil de passar a desempenadeira. Esse processo é feito ate que o reboco fique liso e bem-acabado.
Antes de começar a assentar o porcelanato foi feito um estudo de paginação, que consiste em definir o ponto de partida do assentamento com intuito de jogar os recortes para áreas menos visíveis e aproveitar melhor o material. Feito isso, confere-se o esquadro do ambiente, e coloca-se linhas para servir de guia para o pedreiro. Com argamassa, assenta-se os pisos, e com auxílio de niveladores garantimos que uma peça não fique mais alta que outra.
As áreas externas, que recebem precipitação direta, foram impermeabilizadas com manta asfáltica. Antes de iniciar a aplicação é preciso verificar se a superfície está limpa, seca e bem regularizada, com caimento para os ralos, e utilizar um primer, que é uma tinta de ligação, entre a manta e o local onde ela será aplicada. Quando o primer estiver seco, a manta é desenrolada do ponto mais baixo para o mais alto, e com o maçarico, a manta é colada na base. A chama do maçarico derrete a manta e a fixa à superfície.
Para fazer o arremate, a intensidade da chama do maçarico deve ser diminuída. Com a espátula, a manta deve ser assentada de forma que fique bem fixa, sem vãos por onde possa entrar água. No encontro de mantas, deve-se prever uma sobreposição de 10 centímetros. Para verificação da estanqueidade, utiliza-se o teste da lâmina d’água durante 72 horas.
Em áreas externas cobertas e nos banheiros, a impermeabilização foi feita com cimento polimérico. Essa argamassa é composta por cimento juntamente com outros minerais inertes, polímeros acrílicos e alguns aditivos. Todos esses componentes juntos formam um revestimento durável, sendo impermeabilizante e com elevada resistência. Antes de iniciar a aplicação, a área deve ser lavada, eliminando qualquer vestígio que possa danificar a aplicação. Com a superfície limpa, mistura-se os componentes de acordo com as recomendações do fabricante e aplica-se em duas demãos, respeitando o tempo entre uma e outra.
Após a marcação do ambiente com auxílio de um nível laser, são parafusados ganchos na laje superior, que servirão de suporte para os tirantes.
Os tirantes, por sua vez, receberão os perfis metálicos, onde serão parafusadas as placas de gesso acartonado. Antes de instalar as placas, faz-se necessário o emprego de juntas de dilatação dos extremos do cômodo, devido às características distintas dos materiais e aos grandes vãos de forro existentes. Para isso, foram parafusadas em todos os ambientes o que se chama de “tabica”.
Feito isso, parafusa-se as placas de gesso acartonado na estrutura criada, e procede-se o acabamento bem como se faz nas paredes. Em ambientes de maior umidade, é necessário instalar uma placa resistente à umidade. Essa, é identificada pela coloração verde, diferente do padrão cinza para áreas secas.
Antes de iniciar a execução de paredes em drywall, é feita toda a marcação do apartamento, com auxílio de equipamento a laser que marca prumo e alinhamento. Posterior a isso, os perfis guias são colados no piso utilizando PU, e parafusados na laje superior. Com os perfis guias no lugar colocam-se os montantes, a cada 60 centímetros, fixados com um grampeador específico para essa função. E para embutir os rodapés, instala-se um perfil específico para essa função na parte inferior da estrutura, encostado no chão.
Toda a estrutura pronta, coloca-se reforços em compensado de madeira, onde está previsto para painéis de tv, armários, ou outros elementos que exerçam grande esforço na parede. Feito isso, fecha-se com gesso acartonado um dos lados da parede, onde ficarão as caixas elétricas e interruptores. Esses são fixados no local especificado em projeto, e assim, fecha-se o outro lado da parede, parafusando outra placa de gesso acartonado.
Por fim, cola-se uma fita telada nas juntas das placas e aplica-se pasta de junta por cima das fitas e dos parafusos.
Com a função de repartir os cômodos, preenchendo os vãos entre os pilares de concreto armado, executamos paredes de vedação em tijolo cerâmico. Essa alvenaria deve suportar além de seu peso próprio, as cargas advindas de armários e outros objetos fixados, bem como as cargas do vento. Os blocos cerâmicos utilizados no empreendimento, variam em sua espessura entre 9, 11,5 e 14 cm. A argamassa para o assentamento dos blocos, possui um traço de 1:2:9 (cimento, cal hidratada e areia), é foi em parte por empresa terceirizada, e finalizada na central betoneira do empreendimento.
Antes de iniciar o assentamento dos blocos, foi feita a marcação, assentando a primeira fileira de blocos, respeitando o esquadro, alinhamento e prumo. Segue-se o assentamento das fileiras seguintes, com os blocos em meia vez.
No encontro com estruturas de concreto armado, essa deve ser chapiscada para melhor aderência, e nela implantados ferros a cada três fileiras, a fim de evitar trincas e rachaduras, criando uma estrutura única.
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- engenheiros, construção, antes e depois
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