Adquirido na planta, este apartamento de 77 m², situado em Porto Alegre, possuía originalmente uma planta com 2 dormitórios e a cozinha ligada à sala por um passa-pratos.
A jovem pesquisadora que viria a habita-lo buscava ambientes agregadores: cozinha e estar onde pudesse receber os amigos de maneira informal, espaço para estudos, leitura, local cultivar plantas, para livros e lembranças de viagens.
Tendo em vista as necessidades da cliente, o layout foi repensado de modo a integrar os ambientes o máximo possível: as paredes que a dividiam a cozinha da sala de estar e hall de entrada foram eliminadas fazendo desses ambientes um só. O escritório ficou no local de um dos quartos, porém integrado à sala. A intenção de integrar as peças, com exceção da suíte, não esteve somente na demolição de paredes, mas no desenho dos móveis, nas cores e nas texturas.
Logo que se entra no apartamento, percebe-se à esquerda a parede de tijolos a vista pintados de branco em toda a sua extensão longitudinal, contrastando com o piso de tacos de madeira. À direita, a parede de ladrilho hidráulico amarelo e branco faz fundo para os móveis fixos da cozinha em azul, ambos em tons pastéis. O móvel à direita de quem entra no apartamento atende tanto a cozinha como o hall de entrada com uma chapelaria de um lado e eletrodomésticos do outro. A mesa das refeições, com a mesma altura da bancada da cozinha, foi feita em madeira e com rodinhas para que fosse transportada para outras partes do apartamento com facilidade. A sala se integra à cozinha tanto pela ausência de paredes, quanto pelo piso de madeira presente em todos os ambientes.
O móvel com os equipamentos da televisão, é longilíneo e se destaca por sua horizontalidade. A mesa de centro, também desenho dos arquitetos, possui pés metálicos e tampo vermelho fosco, dando contraste com os tons sóbrios à sua volta. O escritório fica estrategicamente junto da janela, banhando de luz natural a mesa de estudos. Esse espaço se integra físico e visualmente à sala por um banco e prateleira, ambos de concreto armado moldado in-loco.
A prateleira serve de apoio aos vasos com plantas e o banco, tanto para plantas quanto para objetos de decoração. Esse banco se estende do estar ao escritório que, com maior profundidade, possibilita um recanto de descanso e leitura com um futton, além de mais um lugar para receber os amigos em dias de festa, ou até como cama de hóspedes. No espaço do escritório encontra-se um ponto forte do projeto que surpreende quem chega: uma estante metálica com cubos nas cores primárias em tons pasteis, com desenho a lá Mondrian, recheados de livros, objetos de viagens e vegetação. O fechamento da abertura que dava acesso aos quartos possibilitou um estar menos fragmentado e a área íntima foi estendida. Um grande armário ocupa toda a extensão desta parede: em frente ao banheiro social a rouparia e no quarto, o guarda-roupas.
Os banheiros não foram esquecidos nesse projeto. O piso de pastilhas, tanto na suíte quanto no banheiro social, possui cores complementares às cores escolhidas aos moveis da marcenaria.
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